20060107

Back!

E dos mortos todos acabam por regressar...

Pois é... Finalmente decidi voltar a pôr-me online após uma ausência prolongada de quase um ano. Muito foi feito desde aí (provavelmente mais do que no resto da minha vida inteira), mas talvez a mudança mais significativa tenha sido a passagem da simpática FDL para a excelente ESCS. Reparem que tento ser imparcial ao comparar ambas as faculdades (hehehe) mas a verdade é que como eu devia ter sabido desde sempre, comunicação é a minha área e o Direito...bem... é um pesadelo, mais coisa menos coisa. O equivalente em termos absolutos seria tentar forçar um macaco com problemas de concentração a decorar as estatísticas diárias da bolsa dos ultimos 3 anos. Quem não nasce para aquilo passa realmente um mau bocado. Acrescente-se, não obstante, que as saudades dos amigos que lá fiz são mais que muitas, aliás tantas que me vejo obrigado a visitá-los uma vez de dois em dois meses.

Este Blog? Bem... Tendo em conta que estamos num ano novo (e que ano novo até agora) decidi voltar a escrever as minhas palhaçadas. Até porque ando num humor anti-emo, logo não me apetece escrever nem ler desilusões amorosas e existenciais. Em vez disso hoje conto uma estória:

Um dia, numa mesa no colombo em hora do almoço, estava a fazer tempo para não ter de ir para casa, sitio bastante aborrecido na sua generalidade. Decido então sentar-me na unica mesa que encontrei vazia, com um livro óptimo que estava a ler, uma garrafa de água e um pacote de bolachas de água e sal. Pouso também o jornal que carregava comigo.
Ponho-me a ler. Nisto, devido ao colombo estar excepcionalmente cheio, senta-se um senhor de certa idade na minha mesa, à minha frente, pondo-se ele a ler o jornal.
Passo então a dar a visualização da cena: Mesinha redonda, eu e o senhor frente a frente, entre nós o meu livro e o jornal dele (o meu era o "Hitchhiker's Guide to the Galaxy", o dele o Expresso), à minha direita o meu jornal dobrado e à minha esquerda a minha garrafa de água. Entre nós o pacote de bolachas de água e sal.
Eis que o bizarro acontece. O senhor, de aspecto perfeitamente educado e banal, debruça-se sobre a mesa, pega no pacote de bolachas entre nós, abre-o e... tira uma bolacha, apressando-se a comê-la.
Fiquei completamente estupefacto, mas dada a situação fiz o que qualquer jovem decente europeu faria... Ignorei-o. Explico em minha defesa que uma situação destas não é propriamente uma à qual o nosso cérebro esteja preparado para lidar de um momento para o outro. Quando me criaram nunca me deram directivas para usar num caso como estes.
Contudo, a história continua. Decidi reagir concentrando-me furiosamente no meu livro e fazendo um esforço para o ignorar. Porém preparando-me para a batalha, debrucei-me também sobre a mesa, e tirei uma bolacha também, fazendo de conta não achar estranho o meu pacote estar já misteriosamente aberto.
O que fez ele? Simples e incrivelmente tirou outra bolacha do pacote. Tirou-a e comeu-a, tão simples como isso. E o problema era que não tendo dito nada da primeira vez, torna-se muito mais difícil dizê-lo da segunda. Não... Não podia dizer nada por isso decidi ignorá-lo ainda com mais força do que da vez anterior.
Porém, não desisti de ir à luta outra vez, e preparando-me para o impacto, tirei outra bolacha do pacote, fazendo um ar tão natural quanto possível! E aí... Finalmente... Por uns instantes... Os nossos olhos fixaram-se... E de repente sentiu-se toda a electricidade no ar, a tensão que se acumulava.
E assim fizémos até acabar o pacote de bolachas, que embora só tivesse dez, pareceu uma vida inteira de bolachas a passar. Tenho a certeza que gladiadores nunca tiveram batalhas mais exaustivas do que a nossa.
Finalmente, com o pacote vazio entre nós, o senhor decide por fim levantar-se e ir-se embora. Eu, é claro, não consegui deixar de lançar um suspiro de alívio. Passada esta crise acabei a minha garrafa de água, levantei-me, peguei no livro e no jornal, e...
...
debaixo do jornal estava o meu pacote de bolachas.

E pronto, esta é a minha estória. Ainda não me aconteceu, o que não quer dizer que nunca vá acontecer, e não é propriamente original, mas num universo infinito o que é que podemos fazer que ainda não tenha sido feito algures?
So long, and thanks for all the fish.

7 Comments:

At 7:02 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Olááá!!!!


Olha, tou aqui a morrer a rir com a tua histórinha, a sério. Adorei, tá mm cómica!!!! Mas pensava que fosse real, devo dizer que fiquei um bocado desiludida qd percebi q era mm só uma história. However, foi uma boa maneira de voltares, começaste em grande! Nao me desiludas agora que vou por um link no meu fotolog para o teu blog!!!

Beijinhos Digo ;)

 
At 7:42 da tarde, Anonymous Anónimo said...

LOOOOOOOOOOOOLL!! epá, k hst linda! Tava-m a contorcer a rir, até k vi k era mentira.. Mas contudo, continuei a sorrir pk n m espantava nd k isso t acontecesse! =P Apesar d ser bastante monótono ires ler para o Colombo!! Entre tanto sítio bom p se ler! Um banco de jardim, o escorrega do nosso parke, a tua cama alta c paisagem de estrelas.. LOL
Kto ao resto do blog, tenho duas anotações a fzr:
1º: A FDL bate a ESCS, no matter waht u say! =P
2º: Tens uma maneira mt esquisita de demonstrares aos teus amigos da beloved Clássica k tens saudades deles! De 2 em 2 meses?! Mentir eh feio Diguh, tenho d t ensinar td?!?! Ainda pr cima depositas expectativas nas pobres pessoas, k ainda acreditam k d facto lá vais kd dzs ir! =P

Enfim, a tua sorte é k eu n deixo d gostar d ti, apesar da tua longa lista d defeitos! LoL ;)

Beijoooooooooooooooo
*****Nini

 
At 8:03 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Oh my god..o Digo tem um blog outra vez..estou feliz =D

LOOL U BITCH

amei o texto...es grande apesar de pekeno =D

e pá proxima vai inventar coisas sobre mim ao mike k sejam verdadeiras e dignas HUM?

adoro-te minha bnekinha insuflavel má linda ***

 
At 2:33 da manhã, Blogger Rui Catalão said...

ahahahah! que história linda! lolol
"welcome back to this world"! :]
faz de conta que estás em casa! e continua a fazer rir o pessoal, por mais que não seja com a tua parvoíce AHAHAHA :] um abraço

 
At 12:24 da tarde, Anonymous Anónimo said...

HA!

Eu a pensar que vinha cá fazer caridade quando já tens... 4 comments!

Enfim, não devia ter questionado a tua popularidade :P...Espero que estes pequenos surtos de génese literária sirvam para te esporar (atenção, esporar, mesmo, não é outra coisa, ó campeão de gay chicken)para actos literários de outra grandeza... hint hint... cough trimegistus cough?

Just messin' with ya!

 
At 6:30 da tarde, Anonymous Anónimo said...

lo0olo0l0ol Lindooooo!!!ñ posso com esta estória!!és o pior!
P.S.: de 2 em 2 meses??é q nem isso!o q é q preciso é encontros no ALgarve...é o q se quer!!*

 
At 1:34 da manhã, Blogger p said...

Adorei, simplesmente adorei! E sobretudo, gostei da frase final: "mas num universo infinito o que é que podemos fazer que ainda não tenha sido feito algures?". Excelente reflexão! Bravo! Vou continuar a visitar-te de certeza. Um beijinho * :)

 

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